7.6.10

Festas do Espírito Santo no Penedo (2): alguns preparativos



Até ao tempo denso da festa - a chegada do boi, a coroação do imperador, o bodo - há muito trabalho a fazer e são os vizinhos que se organizam para o levar a cabo. São poucos, alguns vão estando cansados, mas parece-lhes que tantos anos de suspensão exigem este esforço. Nas últimas semanas, aproveitando os tempos livres, depois do trabalho ou nas horas desocupadas dos já reformados, tem sido uma azáfama. Um dos vizinhos, nonagenário, de que aqui falaremos noutra ocasião, por lá anda a dar o seu melhor e a animar os outros. No domingo passado, tal como outros, andava a fixar o buxo com canas, a ajudar a erguer os paus em que se fixam as luzes, a escavar o recinto para enterrar mais fundo, com maior segurança, os mastros. Tanto que custou conseguir as ervas para refrescar as barracas de apoio à festa, queixava-se um vizinho. Nesta comunidade que já foi sobretudo agrícola, hoje as silvas crescem onde antes todos desbastavam o mato de que precisavam. Por isso, vieram picados e arranhados os vizinhos que por lá foram e que aqui vemos.









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