16.6.10

Festa do Espírito Santo - a chegada do touro e o empolgamento dos vizinhos e dos forasteiros

Na manhã do dia 12 já se sentia alguma excitação no Penedo. Os membros da comissão e os ajudantes faziam as tarefas necessárias à festa, desde a preparação da excelente comida servida no restaurante da festa (D. Rosa, as suas farófias são divinas!Cozinheiros em geral, que bons pitéus ali serviram, através dos modos prestimosos e simpáticos de quem nos ia servindo à mesa!), à quermesse, ao sector dos «pequenos imperadores, a barraca das iscas, da tômbola e da igreja. Iam-se juntando forasteiros e, sobretudo, vizinhos das aldeias próximas ou de Colares. Um deles, o senhor Olímpio, que nascera na Eugaria, celebrava neste dia uma ocasião especial: fora há 54 anos que, num dia de festa como este, conheceu no Penedo a mulher com quem casou, de quem teve três filhos e já alguns netos.















Tivemos de esperar um bom pedaço pelo touro, com os cornos embolados e preso com cordas puxadas por homens. Diriam depois alguns vizinhos, fazendo um balanço comparativo, que este ano as cordas eram maiores do que o habitual e eram mais os homens que as seguravam. Por essa razão, o boi ter-se-á cansado mais e, na parte final do percurso pela aldeia - que foi mais rápido do que nos tinham assegurado antes - já não tinha grande força para subir.






















Como as regras sanitárias assim o passaram a exigir, o abate do touro fez-se no matadouro. As análises subsequentes à carne destinada a ser consumida no bodo do dia seguinte explicam a necessidade de comprar dois animais, um para ser torneado, outro já abatido dias antes para poder ser cozinhado. Mas disso falaremos noutro momento.

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